terça-feira, 24 de junho de 2014

PSEUDO-RESENHA: "Cobras e Piercings" (Hitomi Kanehara)

Cobras e Piercings  
Título: "Cobras e Piercings"
Título Original: "Hebi ni piasu"
Autor: Hitomi Kanehara (JAP) 
Ano de Publicação: 2004
Publicação no Brasil (esta edição): 2007 
Quando foi lido: 22/06/2014 - 24/06/2014
Editora: Geração Editorial - Ediouro
Arte da Capa: Silvana Mattievich
Número de Páginas: 124
Tradução: Jefferson José Teixeira











[Só pra constar, não há spoilers nem nada que comprometa significativamente a leitura, a não ser quando sugerido]




DIGA-LHES TUDO QUE QUISER: um Retrato de Maurice Sendak

Há uns 3 anos atrás eu assistia despretensiosamente e sem fazer a mínima ideia de quem era Maurice Sendak, na TV à cabo, o mini-documentário abaixo.


Lembro de minha cabeça ter explodido ao ver algo tão peculiar e delicado, ao conhecer um autor e ilustrador tão interessante e talentoso como Maurice Sendak. Da mesma forma, lembro de procurar incessantemente na Internet por uma versão legendada ou mesmo dublada do documentário. Nada disso me apareceu, apenas versões em inglês.


Depois de 3 anos, me propus o desafio de legendar algo pela primeira vez e, claro, tinha que ser o tal mini-documentário do velho e rabugento Sendak.


Mas é importante dizer que foi a partir desses 40 minutos que eu entrei em contato com a obra dele, sendo essa talvez a minha maior conquista no que se refere à literatura infantil.


Para quem não sabe, Maurice é o responsável pelo livro "Onde Vivem os Monstros" (Where the Wild Things Are), adaptado para os cinemas pelo cineasta Spike Jonze, que produz e aparece no documentário.


Maurice teve muitas obras bastante reconhecidas pelo mundo, principalmente nos EUA, desde a década de 50. Infelizmente, no Brasil apenas "Onde Vivem os Monstros" foi publicado e, se não me engano, com uma tiragem bem pequena na época de lançamento da adaptação, em 2009. (sendo que o livro é de 1963!) 


Lamentavelmente, Maurice Sendak morreu em 2012, aos 83 anos. Três anos depois do documentário ter sido feito. ):


Enfim, eu recomendo demais a leitura e as ilustrações desse autor, mesmo o texto tendo que ser em inglês. 


Vendo "Diga-lhes Tudo que Quiser..." você poderá ter uma visão mais aprofundada do autor e de como fortes experiências, na infância e por toda a vida, influenciaram fortemente na sua obra.




DIGA-LHES TUDO QUE QUISER
um retrato de Maurice Sendak



 










sábado, 21 de junho de 2014

"O Conflito Evitável" (Isaac Asimov)

http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/Assets/Produtos/Gigantes/9788525413864.jpgE se o mundo tivesse sido dividido em 4 grandes Regiões?


E se em cada uma dessas regiões existisse uma grande Máquina, responsável por organizar, através de instruções, os assuntos de cada Região?


E se essas Máquinas, com suas base gigantesca de dados e processamento, fossem as maiores responsáveis pela constante manutenção do equilíbrio da humanidade?


Mas, principalmente e pior de tudo: e se as instruções dessas máquinas começassem a parecer um pouco confusas e quase ameaçadoras a nós, humanos?


É esse o plot de "O Conflito Evitável", conto de 1950 e que retrata claramente alguns aspectos e medos da época, com o avanço das tecnologias e o clima tenso da Guerra Fria. 


Inclusive, nesse futuro no qual a história se passa, fica subentendido que já ocorreram coisas bastante graves e possivelmente relacionadas a isso, como uma "Era Atômica" e "Era Pré-atômica". 


De qualquer forma, o conto é, como me parece ser muitos de Asimov, muito mais um exercício de lógica e investigação do que realmente uma narrativa com grandiosos acontecimentos:


Novamente, somos impelidos a refletir sobre as Três Leis da Robótica e a possibilidade de uma inteligência artificial revoltar-se mesmo com tais premissas na sua "essência tecnológica", ou melhor, na sua programação.

sábado, 14 de junho de 2014

DEVANEIO: Quando Agonizei com Faulkner

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnXNE-wJYRi1z27Ix_d4_zFkOmEeJpQOOXPJJ0LIHd-2kRzfVUo3RIaTpTty1wq_aOcljh-KCimhAoHhzxdat5KtR2Q3QF6fI2PQZzs_iBstqXtew4yvo54eWP-BEEWYIU1haIVuDFtOg3/s1600/9788525418524.jpg
Não deu.

William Faulkner escreveu dois romances clássicos ("Som e Fúria" e "Luz em Agosto") e foi vencedor de um Prêmio Nobel e dois Pulitzer. 


Foi isso que eu tinha em mente quando decidi me aventurar em "Enquanto Agonizo", utilizando meus singelos R$ 13,90 para conhecer a escrita de Faulkner. Vale comentar que esse era o único título do autor na livraria e, naquele momento cheio de impulso bibliomaníaco e consumista, a compra foi inevitável. 


Mas, ao menos, eu me propus a lê-lo logo em seguida - muito provavelmente por um certo sentimento de culpa, característico de quando se compra um livro sem saber absolutamente nada sobre a história impressas nas páginas.


Bom, eu comecei, de fato, pouco tempo depois de comprá-lo e... 


Medeux...


Eu posso contar nos dedos de uma só mão a quantidade de livros que eu realmente abandonei, contrariando princípios obscuros e não muito racionais da minha índole literária.   


Só que essa foi uma leitura que simplesmente não me desceu.