domingo, 1 de setembro de 2013

5 HISTÓRIAS A PARTIR DE 5 OBJETOS

Em diversos estilos de narrativas, objetos inanimados (ou não) tomam lugar importante no enredo da história. É comum, inclusive, vermos que os títulos dessas histórias trazem sempre um certo mistério... 


Tipo, o nome é "O Ralador de Queijo". Apesar de ser algo simples, o título ajuda a trazer diversas perguntas, uma vez que um ralador de queijo é algo banal, do nosso dia-a-dia. "O que será que esse ralador de queijo tem de especial?", "O que será feito com ele?", "Aonde ele se encaixa com os personagens?"...


Bom, claro que talvez "O Ralador de Queijo" não seja o melhor exemplo de todos, mas acho que já serve para você, leitor inteligente (sim, eu sei que você é), entenda o que quero dizer ;)


Mas vamos logo com essa bagaça e vamos começar a minha curta listinha das histórias (que eu consegui lembrar nesse exato momento) que têm objetos como parte importante do enredo...







https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQWvwV_tcMrNxAXyLH_71PSQb96L6dDxHqExNc9aa0E5lqxKKvMZ-h8bwdKu7a9NXVl435OL28joCzMyBDKZNgvDpBVvgP8btcvKe4_BrT4SwMMSN80zCxCwPL2w1y-4x1P-x1X61SKDxH/s1600/Edgar%20Allan%20poe.jpgEDGAR ALLAN POE
"O Barril de Amontillado" (1846)

Quer melhor isca para um bêbado do século XIX que um barril de um tipo específico e saboroso de vinho? Pois é, Montresor pensou da mesma forma para tentar vingar-se de seu amigo beberrão Fortunato. O motivo da vingança é desconhecido por nós leitores e isso faz pensar se, na verdade, a tal vingança é apenas um assassinato a sangue frio muito bem camuflado. Tá certo que o barril não é realmente algo muito presente no conto do nosso querido Poe, mas sem ele talvez a história não acontecesse. De qualquer forma, outra obra interessante do autor. 







http://www.scientificoatripalda.it/vociedechi/Quarta/Pagine%20web/oscarwilde.jpgOSCAR WILDE
"O Retrato de Dorian Gray" (1890)

Considerado como um dos grandes clássicos da literatura moderna e a magnum opus do autor, a história gira em torno, como era de se esperar, da vida do jovem Dorian Gray e do seu místico retrato. Enquanto Dorian vive sua vida "decadente" e "imoral", os anos parecem não passar e as rugas não aparecem no seu rosto; entretanto, seu quadro "especial" parece se alterar significativamente com tudo isso. Mesmo nunca tendo lido a obra inteira (sim, que vergonha), posso garantir que o negócio é realmente bom (forças maiores me impediram de continuar a leitura). Enfim, acho que nem é preciso dizer que recomendo, né?  







http://www.dbnl.org/tekst/rode004brug01_01/rode004brug01ill01.gifGEORGES RODENBACH

A superfície fascinante de um espelho pode trazer muitos problemas, meu caro. Bom, pelo menos é isso que o escritor belga tentou provar. Claro, sempre há a possibilidade de que a pessoa tenha algum transtorno psicológico que a faça ficar aficionada pelo seu reflexo, entrando em uma crise narcisista de níveis extremos. De qualquer forma, o tal amigo do narrador parece ter se perdido feio dessa vez, até forrando sua casa com tais objetos. Se você curte contos sobre insanidade ou decadência psíquica talvez isso o interesse ;)








http://www.donaldcorrell.com/jacobs/jacobs.jpgW. W. JACOBS

Considerado um clássico das histórias curtas de horror, esse conto é extremamente simples e gira em torno da forma como uma família simples lida com a possibilidade de ter três desejos realizados com o auxílio de um amuleto. Pobres coitados. Se tivessem a mínima noção de que estavam no universo de uma história de horror eles nunca teriam nem chegado perto da droga de uma mão "mumificada" e toda seca de macaco. Por favor, né, que mau gosto... Mesmo assim, a história é interessante e vale a pena ser lida (de preferência em uma noite escura e silenciosa).







http://cache2.artprintimages.com/LRG/27/2777/ZAUTD00Z.jpgJOSEPH CONRAD

A princípio eu pensava que a fera do conto tratava-se de uma criatura que atormentasse uma região de aldeiazinhas ou algo do tipo. Claro, logo percebi que se tratava de Joseph Conrad escrevendo, um cara que geralmente falava sobre marinheiros, navios e o mar. Por isso, não foi nenhuma surpresa (e também não é nenhum spoiler) quando descobri que "a fera" era, na verdade, um enorme navio chamado "Apse Family". O apelido carinhoso era pelo fato de que, desde sua construção, a embarcação nunca terminava uma viagem sem ocorrer algum "acidente" e alguém da tripulação sempre acabava morrendo... É um conto interessante, com partes inclusive mais dramáticas e românticas, fugindo do horror que a "personagem" do navio provocava em todos.





Por enquanto é isso! Qualquer sugestão ou opinião, comenta aí ;)    




Um comentário:

  1. Oi Carlos,
    tudo bem?
    Achei super criativo o seu post. Das histórias citadas, só conhecia de nome(ainda não li) "O Retrato de Dorian Gray" .
    Beijos.
    Cila- Leitora Voraz
    http://www.cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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