EPIFANIA: Relato vulgar e ofensivo, porém verdadeiro, de uma adolescência decepcionante

[extraído de uma conversa entre dois amigos no Facebook, com leves alterações]:

 

enfim

eu tava na praça de alimentação e na mesa de trás de um aglomerado de espécimes

todos com o cabelo One Direction

eles tavam berrando e deixando claro que eram retardados ao debaterem tweets de terceiros enquanto narravam suas tardes de baladinhas e de alienação com leite e pêra

então

se nao fosse o bastante

surgiu um prototipo de ser inteligente, um pouco maior que eles.

com o mesmo cabelo e acompanhado de uma patuleia de outros seres tão obtusos quanto a existência desse mamífero subdesenvolvido intelectualmente

ele veio todo se "arriando" como um babuíno na dança da guerra e tirando o boné (de aba reta) de um ser sentado ali, numa atitude ritualística e digna de toda sua desenvoltura neuronal

e falou em voz de trovão, se achando o rapazote foda e não o futuro atendente de fast-food:

"Tenho uma parada pra nóis, mano! HUEHUEHUEHUE"

e todo mundo se extasiando de alegria pois a anta-mor tinha se pronunciado e trazia novidades

depois de um tempo brincando como um filhote de orangotango com a mochilinha de marca que carregava

o filho da puta tirou, com um ar gigantesco de triunfo e de messias da galera, a porra de UM cigarro COMUM

UM CIGARRO. e o restante foi tomado de um delírio ensurdecedor e um deles saiu saltitando como um louva-deus macho ainda vivo depois da cópula, estendendo sua alegria por toda praça de alimentação daquele lugar infernal

e depois voltando, orgulhoso de ter exposto o grande triunfo de seu chefe anta-mor, ele sentou, tal qual um garotinho que só toma sorvete se tiver ovomaltine em cima, e pos o cigarro na boca, fazendo uma cara como se achasse que era um mafioso ou um caminhoneiro negociante de prostitutas de 12 anos na beira da estrada

e toda a ratataia, a maldita patuleia adolescente, o futuro do brasil, riram e gozaram juntos em um bukkake com vítima imaginaria/inexistente

por causa de UM CIGARRO

e o anta-mor pos o braço no ombro da "namorada" dele (que tinha vindo junto e aprovava toda a cena) se achando o macho-alfa da porra toda

detalhe: os mais novos tinham,no minimo, um ano a menos que eu (17 anos)

e esse foi meu sábado.

 

 

 

 

EPIFANIA DO DIA: Sempre pode parecer mais patético do que era antigamente.