PSEUDO-RESENHA: "O Silêncio dos Inocentes" (Thomas Harris)

Título: "O Silêncio dos Inocentes"
Título Original: "The Silence of the Lambs"
Autor: Thomas Harris (EUA) 
Ano de Publicação: 1988
Ano de Publicação no Brasil (esta edição): 2012
Quando foi lido: 05/10/2013 - 18/10/2013
Editora: BestBolso (vol.067)
Tradução: Antonio Gonçalves Penna
Arte da Capa: Luciana Gobbo
Número de Páginas: 389


 [Só pra constar, não há spoilers nem nada que comprometa significativamente a leitura] 





"O Silêncio dos Inocentes" é a "sequência" de "Dragão Vermelho", o primeiro livro em que o personagem de Hannibal Lecter aparece. Se quiser ver a pseudo-resenha de "Dragão Vermelho" clique aqui! ;)

"O SILÊNCIO DOS INOCENTES"

Depois da prisão do assassino "Fada do Dente" e do afastamento do principal investigador do FBI, Will Graham, outro serial killer começa um novo reino de terror. Com cinco mulheres jovens, antes desaparecidas, sendo encontradas mortas e brutalmente mutiladas, o chefe da Ciência do Comportamento, Jack Crawford, precisa tomar medidas drásticas. Ao perceber o grande talento de uma estudante do FBI, Clarice Starling, ele decide utilizá-la no caso, pedindo conselhos ao terrível dr. Hannibal Lecter, o canibal preso que ajudou Will Graham na caça ao "Fada do Dente".

Logo a obstinada Clarice cria uma relação quase que de simbiose com Lecter, tornando-o seu grande consultor na caça de "Buffalo Bill", como foi chamado o mais novo serial killer. Mas Lecter é ardiloso e sádico e, com certeza, não vai deixar as coisas tão simples para ela e para todos que um dia o temeram e o prenderam...

O LIVRO

"O Silêncio dos Inocentes", na minha visão, segue a mesma linha narrativa e estrutural de sua prequel "Dragão Vermelha". Existe a dinâmica (frequente troca de pontos de vista) e o ritmo acelerado. Eu diria, no entanto, que em "Silêncio" o ritmo acelerado é elevado ao cubo; a tensão é muito maior e a respiração do leitor em quase nenhum momento consegue ficar estável. 

Hannibal Lecter (e sua focinheira)

Talvez... quer dizer, "talvez" nada! Está claro, na verdade: quase isso tudo se deve às cenas com Lecter. Mesmo preso, o canibal traz um ar de perigo na história; e, mesmo assim, é um personagem extremamente envolvente, brilhante. Seus diálogos (e às vezes quase monólogos) com Clarice são grotescamente maravilhosos. A relação dos dois, o sádico e a policial, se desenvolve de tal maneira que é impossível pensar o livro de outra forma que não seja com os dois nos papéis determinantes. 

E quando Lecter não está lá, Buffalo Bill preenche a lacuna. A insanidade e perversidade como ele vive é assustadora e seu "trabalho" é de embrulhar o estômago de muitos leitores, até por ser baseado, em alguns sentidos, no assassino real Ed Gein.

"Silêncio" não traz os mesmos problemas de "Dragão Vermelho". Quer dizer, existem partes mais longas e técnicas também, mas elas estão em bem menor quantidade e o restante do livro é tão empolgante, cheio de mistérios e jogos psicológicos, que essas partes técnicas acabam suprimidas...    

Eu não conheço muito o gênero, é verdade, mas não dá pra não dizer: esse livro é um modelo para o thriller policial. Lecter, Clarice, Crawford e Buffalo Bill são personagens maravilhosos e... e...

E é um RECOMENDADÍSSIMO.

O FILME E O LIVRO

Leia. Veja. Resumindo, é isso.

Tá, mas pra complementar, o filme é bem fiel ao livro e é tão bom quanto o livro, na verdade... 

Anthony Hopkins é considerado o eterno Hannibal Lecter e não é por acaso. 

Jodie Foster É Clarice Starling. (exatamente, ela É)

E o filme é tão empolgante e linear. É um must see.

Críticas ao Oscar à parte, temos que considerar este fato: a adaptação ganhou 5 estatuetas. [Melhor filme, ator e atriz entre eles]

Leia. Veja.

 

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E que venha "Hannibal"!

LIVRO:

O Silêncio dos Inocentes (1988), escrito por Thomas Harris. BestBolso. Tradução: Antonio Gonçalves Penna.