Não conhecia e nem nunca tinha ouvido falar de Beatriz Bracher. De fato, nem sabia que ela era uma escritora brasileira para início de conversa. Enfim, ela não é só isso no final das contas.
Além de ter escrito alguns romances e um livro de contos, ela também já produziu alguns roteiros.
Mais um detalhe: todos os livros foram publicados pela Editora 34. E por um simples motivo: a mulher foi uma das fundadoras da editora (que eu particularmente gosto por fazerem edições muito caprichadas de clássicos russos).
Então, ela não é pouca coisa.
Infelizmente, não posso dizer que curti a primeira imersão na obra da sra. Bracher. "Garimpo" trata-se do diário fictício de uma escritora (pelo que eu entendi) brasileira que vai visitar o irmão no interior do Pará, onde ele administra minas para a extração principalmente de ouro.
Acontece que esse diário é sobre os últimos dias dela viva, pois ela acaba morrendo em um acidente de avião no trajeto de volta à São Paulo.
Isso não é spoiler, tá escrito na primeira página do conto, como se fosse a introdução da filha da escritora, que ficou por fim com o diário.
Assim, o texto é cheio de acontecimentos da viagem até o Pará e o que e quem ela encontra lá, algumas reflexões sobre a vida dela, etc.
O mais peculiar é que a narrativa está da mesma forma que estaria escrito no suposto diário: parágrafos com alinhamento estranho, palavras abreviadas, erros ortográficos e as frases nem sempre parecem seguir a velocidade do fluxo de pensamento.
Beatriz Bracher (1961) |
Na verdade, eu acho que isso não seria um problema tão grande em outra ocasião. Mas acontece que, realmente, achei a história cansativa e monótona. Eu esperava alguma surpresa ou introspecção e... nada. E isso piorava pelo fato de eu saber o que ia acontecer no final...
É um conto relativamente grande (umas 32 páginas) e me decepcionei...
[Detalhe: Beatriz Bracher lançou há pouco uma nova coletânea, chamada.... adivinha..... "Garimpo" xD]
NOTA: 5,5 / 10
LIVRO:
"GRANTA em Português (10): Medidas Extremas". Alfaguara.
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