quinta-feira, 6 de junho de 2013

FRAGMENTOS: "Cenas de Nova York e outras viagens" (Jack Kerouac)

Título: "Cenas de Nova York e outras viagens"
Autor: Jean-Louis Lebris de Kerouac (EUA) 
Ano de Publicação no Brasil: 2012
Quando foi lido: 21/05 ---> 05/06 (2013)
Editora: L&PM Pocket (Coleção 64 Páginas)
Tradução: Eduardo Bueno e Albino Poli Jr.
Arte da Capa: Ivan Pinheiro Machado 
Número de Páginas: 64







  



FRAGMENTOS:




 "Cenas de Nova York"

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Jack Kerouac (1922 - 1969)
"Claro que há nova-iorquinos normais, que parecem ridiculamente deslocados e tão esquisitos quanto sua própria esquisitice elegante, carregando pizzas e jornais diários e a caminho porões escuros ou trens da Pensilvânia (...)" (p. 16)


"'Está a fim de tirar quatro fotos por 25 centavos? Afinal, estamos na cena eterna. Podemos olhar as fotos e recordar disso tudo quando formos velhos e sábios Thoreaus de cabelos grisalhos em cabanas.'" (p. 17)


"Agora os poetas vão lá apenas para fumar um cachimbo da paz, à procura do fantasma de Hunkey ou de seus rapazes, e para sonhar diante de desbotadas xícaras de chá."  (p. 18)






"Sozinho no Topo da Montanha"


"Às vezes eu gritava perguntas às rochas e às árvores e através dos desfiladeiros, ou cantava como um tirolês. - 'O que significa o vazio?' A resposta era o silêncio perfeito, e então eu entendia." (p. 36)


"Nenhum homem deveria passar pela vida sem experimentar pelo menos uma vez a saudável e até aborrecida solidão em um lugar selvagem, dependendo exclusivamente de si mesmo e, com isso, aprendendo a descobrir sua verdadeira força oculta. - Aprendendo, por exemplo, a comer quando tem fome e a dormir quando tem sono." (p. 37)


"Vi 63 poentes refletidos naquele monte perpendicular - poentes loucos e fogosos despejando-se como espuma do mar de nuvens através de penhascos inimagináveis, como os penhascos cinzentos que se costuma desenhar quando criança, com todos os tons róseos da esperança ao longe, fazendo com que você se sinta exatamente como eles, brilhante e soturno muito além das palavras." (p. 38)





"O Vagabundo Americano em Extinção"


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f8/Hobos2.jpg/220px-Hobos2.jpg
"American Hobo"
"Não há nada mais nobre do que aturar algumas inconveniências como cobras e poeira por amor à liberdade absoluta." (p. 43)


"O vagabundo nasce do orgulho, não tem nada a ver com uma comunidade, mas consigo próprio e com outros vagabundos e talvez com um cão." (p. 48)


"O Vagabundo Americano está em vias de extinção enquanto os xerifes agem, como disse Louis Ferdinand Céline, com 'uma linha de crime e nove de tédio', pois, já que não têm nada para fazer no meio da noite, quando todo mundo está dormindo, pegam no pé do primeiro ser humano que veem caminhando." (p. 52) 





"Rimbaud"


"Cairo para o verão,
vento amargo de limão
& beijos no parque empoeirado
onde garotas sentam de
pernas cruzadas
ao entardecer pensando
em nada - " (p. 61)


"Dostoiévski, Beethoven
ou Da Vinci - 
Portanto, poetas, descansem um pouco
& calem-se:
Nada jamais surgiu
do nada." (p. 62)





 
 

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