quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DEVANEIO: Observações Cotidianas de Seres Bukowskistas

Veja bem...


Se você usa cachecóis até mesmo quando o clima não está frio, então é melhor que que você leia Bukowski.


Se você usa óculos cujas lentes são demasiadamente grandes e os aros são demasiadamente grossos, então é melhor que você leia Bukowski.

Se você gosta de usar camisas axadrezadas e de escrever em uma máquina de datilografar antiga (pleonasmo) enquanto fuma alguns cigarros, então é melhor que você leia Bukowski... e talvez um pouco de Kerouac.


Mas, agora, se você acha que a vida é tão mundana e a existência humana é tão marginal a ponto de todos os grandes acontecimentos se tornarem pequenos e os pequenos se tornarem grandes por comporem uma cotidianidade que, como já me referi antes, tem tudo para ser mundana e marginal, então é melhor que você leia Bukowski, realmente.


Ok, eu sei que todas essas colocações parecem preconceituosas (e, de fato, o são) e que devem estar repletas de estereótipos babacas (outro pleonasmo) (e, de fato, estão), mas mesmo assim eu gostaria que você me acompanhasse por mais alguns parágrafos.


Eu não li quase nada de Bukowski, pouquíssimo. Mas eu realmente gosto dele. Ou pelo menos do que eu li.


Oh you, Charles...
O problema é que os fãs (peguei a mania de chamá-los assim e não de "leitores") do cara começaram a me encher o saco. Quer dizer, no início apenas. Hoje, eu mais rio da coisa do que fico estressado.


Levando em consideração todos os estereótipos que eu tinha e que foram citados no início desse devaneio, eu decidi fazer um pequeno experimento:


Toda vez que eu estivesse em um lugar que vendesse livros e surgisse um indivíduo com aquelas características, eu me afastava por um tempo.


Dados alguns minutos analisando outros títulos em uma estante/mesa/bancada/caixa/etc. um pouco mais afastada, eu retornaria para ver, discretamente, se o o tal indivíduo teria pego um exemplar do Velho Safado.


E, amigo(a) leitor(a), não foram poucas as vezes que aconteceu isso. Em diversas livrarias, sebos, feirinhas de rua, em outras cidades, em outro estado inclusive.


Não eram exceções.


O negócio virou uma espécie de divertimento e um pequeno jogo: quanto tempo demorará para ele/ela pegar um "Factótum"?


Muitas vezes, acontecia em pouquíssimo tempo. [Isso quando não pegava uma braçada de livros dele]


Mas antes de me xingar, entenda:


- Eu não tenho nada contra alguém ser ou vestir-se desse jeito;
- Eu não tenho nada contra quem lê, faz coleção ou é um verdadeiro aficionado por Bukowski;
- E, por fim, não tenho nada contra quem gosta de Bukowski e corresponde àquele modo de ser e vestir;


Na verdade, há pessoas que eu gosto muito e que se adequam nessa última categoria aí de cima, e isso não me faz gostar menos delas.


E também é óbvio que existem pessoas que gostam de Bukowski e que não se adequam àqueles estereótipos.


Mas esse devaneio foi só para expor essas minhas observações; e tenho certeza de que elas mudaram sua vida, obviamente.


De qualquer forma, tente fazer esse exercício! E se você for um desses espécimes, objetos da minha incrível pesquisa [not], tente calcular quanto tempo você demora até estar folheando um livro do Charles!


E, por favor, não comprem todos.


Eu preciso de uns.


Pensa só: ainda tem os do Kerouac.



Jack curtiu isso



        

Um comentário:

  1. Oiee rapaz =)
    nem consigo pronunciar esse nome aí " Bukowski." rsrsr, mas gostei das colocações, depois desse post que me deixou curiosa, irei pesquisar, pois tenho certeza que tirando agora, não lida nada dele!

    Beliscões carinhosos da Máh ♥
    Cantinho da Máh
    @Maaria_Silvana

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