quinta-feira, 16 de maio de 2013

CONTO POR CONTO #1: "A Última Visita do Cavalheiro Doente" (Giovanni Papini)

Giovanni Papini ( 1881-1956) talvez não tenha sido o modelo de intelectual perfeito por causa de suas fortes ligações com o Partido Fascista italiano. Mesmo assim, o cara continua sendo considerado um grande escritor e incentivador da literatura italiana, participando, na época, de algumas revistas literárias do país.

"A Última Visita do Cavalheiro Doente" é um conto bem curto (mais ou menos 5 páginas) e com um título bem auto-explicativo. O Cavalheiro Doente é um indivíduo pouco conhecido, que fica perambulando de lá pra cá e tem uma aparência doentia. Nessa história, é retratada as últimas considerações dessa pessoa tão peculiar.

O Cavalheiro Doente alega que ele próprio não seria um homem, e sim apenas uma projeção do sonho de alguém/algo que ainda dorme por todos esses anos de sua vida. Nesse raciocínio, o Cavalheiro encontraria a morte quando o seu "dono" acordasse.

Entretanto, ao descobrir isso, ele (Cavalheiro) entra em uma forte crise existencial, pois não vê significado em sua existência como apenas um sonho. Para dar um fim nessa sua "insignificânica"essa forma, ele tenta acordar seu "dono", fazendo coisas horríveis para assusta-lo e tira-lo do seu sono.


Giovanni Papini
Apesar de a premissa ser interessante, me pareceu meio cansativo o monólogo existencial do Cavalheiro Triste. Mesmo o conto sendo bem curto, algumas partes pareceram desnecessárias ou prolongadas desnecessariamente.

Mas o conto tem seu valor por prender a atenção em alguns pontos:

- A mística figura do Cavalheiro Doente;
- As coisas que o Cavalheiro fez para tentar despertar seu "dono";
E, por fim:
- A possibilidade do Cavalheiro ser apenas um homem delirante; 


RESUMINDO:
NOTA: 7/10;

[Conto publicado em 1907, mas tá na coletânea de "Contos de Horror do Século XIX".... estamos de olho. sr. Manguel....õ_õ]

LIVRO:
Contos de Horror do Século XIX (2005), organizado por Alberto Manguel. Companhia das Letras. Tradução: conto traduzido por Roberto Xavier.

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