"Ao Cair da Noite" (Stephen King) - Parte 2

Continuando com os comentários sobre cada conto de "Ao Cair da Noite", aqui estou novamente para falar sobre as outras 7 histórias que completam essa ótima coletânea. 

Se quiser ver a primeira parte: "Ao Cair da Noite" (Stephen King) - Parte 1. ;)

OS CONTOS (PARTE 2): 

Tarde de Formatura: Uma tarde feliz, todo mundo sorrindo, mais uma etapa da vida sendo concluída... então, cai uma bomba atômica e mata todo mundo. Apesar da premissa interessante, achei a história a mais fraca do livro...talvez por ser muito curta ou abrupta demais... não sei... NOTA: 5,5/10.

"N."

N. : Ok, ok, ok... ESSE CONTO. Eu simplesmente adoro ele. Sério. Com certeza, está entre um dos meus contos favoritos até hoje. Achei incrível. A história é contada através de cartas, e-mails, outros documentos e, principalmente, as anotações de um psicanalista que recém cometera suicídio. Essas anotações relatam o caso de um paciente, chamado apenas de "N.", que possuía um forte transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Aos poucos, nós vamos começando a questionar a origem desse transtorno em N.: será que é apenas uma psicopatologia ou é algo mais? Uma mera consequência de algo muito pior? 

"N." é o melhor conto do livro, um dos melhores de King e, como já disse e repito, um dos meus favoritos. Tem muitas outras coisas a serem comentadas (ex: referências utilizadas por King pra fazer o conto), mas eu acho que, quando eu o ler novamente, vou acabar fazendo um post só dessa história fodástica. 

Detalhe: Por mais idiota que isso talvez pareça para alguns, esse conto foi uma das minhas maiores motivações para cursar Psicologia na faculdade.  

NOTA: 10/10         

O Gato dos Infernos: Conto excelente com uma pegada de ação-ao-mesmo-tempo-que-é-terror (?). Simples, direto e efetivo, narra a história do confronto envolvendo um assassino de aluguel e um bichano demoníaco. Lindo e com um final, na minha opinião, espetacular XD NOTA: 9/10

The New York Times a preços promocionais imperdíveis: Sim, esse é mesmo o nome do conto. Não esperava muito (leia-se: quase nada) desse conto e, por fim, acabei me surpreendendo. Como "Willa", nessa simples e curta história existem elementos sobrenaturais, mas está longe de ser horror ou terror. É triste e delicado, mas, ainda assim, muito bom. NOTA: 8/10

"Mudo"

Mudo: No universo de Stephen King, é raro tudo ocorrer bem em um cenário de dar ou receber carona. Algo sempre dá errado. Até mesmo quando se trata de um inofensivo andarilho surdo-murdo as coisas podem sair um pouco do controle. O final, pra mim, com certeza foi a parte mais marcante.  NOTA: 8/10  

 Ayana: Com um conceito parecido com o explorado em "À Espera de um Milagre", King novamente põe em ação aqueles indivíduos que têm o poder de operar milagres. Dessa vez, há uma variedade muito maior de personagens com essa capacidade e não apenas o coitado (mas inesquecível) John Coffey. Parece ser um conto espiritualizado e tal, mas com os surpreendentes últimos parágrafos, percebemos que talvez tudo aquilo mostrado seja algo além de apenas questões espirituais e religiosas. À sua maneira, uma bonita história.  NOTA: 7/10

No Maior Aperto: Nojento. Muito nojento. Apesar desse título à la Sessão da Tarde, "No Maior Aperto" é um conto tenso e que aos poucos vai criando uma atmosfera cheia de ódio e vingança. Nosso amado protagonista simplesmente é preso por seu vizinho fdp em um banheiro químico de uma maneira que é quase impossível sair. Reafrimo: nojento. É o maior conto do livro e isso meio que é desfavorável pra história: o conto é bom, mas seria melhor se algumas partes aparentemente desnecessárias fossem eliminadas.  NOTA: 8/10

Então, é isso!

Estão já feitos os comentários dessa coletânea que, ao meu ver, foi um pouco subestimada por grande parte dos leitores frequentes de Stephen King (grupo no qual eu me incluo). 

Novamente, King não me fez ter nenhuma grande decepção. Os dois contos com menores notas, "A Bicicleta Ergométrica" (6) e "Tarde de Formatura" (5), apesar de serem contos mais "fracos", não foram considerados como contos "ruins", tampouco "descartáveis", mas não são histórias que eu recomendaria fortemente. 

De qualquer forma, mais altos do que baixos para "Ao Cair da Noite". (:  

LIVRO:

Ao Cair da Noite (2008), Stephen King. Suma de Letras. Tradução: Fabiano Morais.