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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tio Dostô e seus 192 anos

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Dostô (1821 - 1881)
Há 192 anos atrás, nascia um dos maiores expoentes da Literatura Russa e Mundial. 


Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski nasceu em 30 de outubro de 1821 e muitas das suas histórias se tornaram clássicas, seus personagens inesquecíveis e tramas complexas, envolvendo aspectos filosóficos, psicológicos, políticos e sociais.


Para mim, seus personagens se destacam principalmente por sua dualidade, seu caráter imperfeito e cheio de oscilações. É muito difícil encontrar um personagem "bom" ou um "mau" em suas obras: praticamente todos eles mesclam aspectos pessoais considerados bons ou maus e estereótipos são quase impossíveis de ser identificados por seus comportamentos. Não é incomum um protagonista ser facilmente classificado como "anti-herói".


Dessa forma, esta é pequena homenagem desse humilde blog. Para completar o post, abaixo está um poema dedicado a esse grandioso autor. E o que é melhor: tal poema foi escrito por outro grande escritor: nosso velho Charles Bukowski!


[Contextualizando: Tio Dostô foi sentenciado à morte por fuzilamento, pois participava de reuniões de grupos com tendências socialistas. Quando estava prestes a cumprir tal pena, sua sentença foi mudada para trabalhos forçados na Sibéria. Depois de anos passados no campo de concentração siberiano, publicou seus maiores clássicos, incluindo "Memórias da Casa dos Mortos", "Crime e Castigo" e "Os Irmãos Karamázov"]        




"Dostoiévski"
Charles Bukowski



contra a parede, o pelotão de fuzilamento pronto.
então ele ganhou uma prorrogação.
imagine se eles tivessem atirado em Dostoiévski?
antes de ele escrever tudo aquilo?
eu suponho que isso não teria
importado
não diretamente.
há bilhões de pessoas que
nunca leram ele e nem nunca 
lerão.
mas como um jovem eu sei que ele
me levou pelas fábricas,
além das prostitutas,
me levantou alto pela noite
e me pôs no chão
em um lugar
melhor.
mesmo quando estava no bar
bebendo com os outros
párias,  
fiquei contente por eles terem dado a Dostoiévski
uma prorrogação,
isto me deu uma,
me permitiu a olhar diretamente para aqueles
rostos rançosos
no meu mundo,
a morte apontando seu dedo,
eu me segurei,
um bêbado imaculado,
dividindo a escuridão fedorenta com
meus
irmãos.


Ôva o original:
[engrish is necessario]











sexta-feira, 17 de maio de 2013

POE: "The Conqueror Worm" (1843)

"Ligeia" (1845), por Harry Clarke
"The Conqueror Worm" é, pra mim, o segundo melhor poema em toda obra do sr. Edgar Allan Poe, perdendo apenas para o clássico e também fodástico "The Raven" ("O Corvo").


Consideravelmente menor que "The Raven", foi publicado pela primeira vez na Graham's Maganize e depois foi incorporado, por vontade do próprio Poe, no conto "Ligeia", em 1845, no Broadway Journal. 


Na história desse conto, o narrador recita o poema para a sua esposa, Ligeia, quando ela está definhando em seu leito de morte. Inclusive, Poe explica no conto que a própria Ligeia teria escrito o poema antes de adoecer e que foi desejo dela ouvi-lo novamente, antes de partir.


De qualquer forma, "The Conqueror Worm" (ou "O Verme Vencedor") trata basicamente sobre a inevitabilidade da morte, da finitude do homem. (O que me faz pensar: que tipo de pessoa, definhando em uma cama, quer ouvir um poema com essa temática, né? o_O )


Obviamente, vale mais a pena ler no original, principalmente por causa das rimas e da musicalidade(?). 


Mas, se você não quer se aventurar no inglês "arcaico" e mais lírico(?), aí está ele traduzido: